ENCAIXES PARA PRÓTESES DE MEMBRO INFERIOR - PARTE 1

O encaixe tem importância fundamental para a qualidade final de uma prótese, independentemente se esta é convencional ou modular. Ele é o elo de ligação entre o coto e a parte distal da mesma, e erros de confecção não podem ser compensados pelo alinhamento ou componentes de última geração.
O encaixe deve satisfazer os seguintes requisitos básicos:

a) envolvimento preciso do coto
b) a não inibição da circulação sanguínea
c) contato total
d) maior descarga distal possível

a) Envolvimento preciso do coto

O volume interno do encaixe deve acolher todo o coto, incluindo os tecidos moles, isto é, deve-se evitar a formação de um cinturão de tecidos moles na altura do bordo.
Por outro lado, não pode haver folga entre as paredes do encaixe e o coto, o que ocasionaria um "pistonamento" durante a marcha, ou a formação de uma pseudo-artrose entre o coto e o encaixe.

b) Não inibição da circulação sanguínea

Ao confeccionar o encaixe, é importante evitar entranhas na região proximal do encaixe, o que inibe o retorno de sangue venoso. Isto pode ocorrer, por exemplo, quando não existe contato na parte distal do encaixe, e quando a parte proximal é mais justa para segurar o encaixe.
De modo geral, a forma do encaixe não deve prejudicar a circulação arterial, venosa e linfática, o que torna a protetização de pacientes com problemas vasculares extremamente difícil.

c) Contato total

Quanto maior a superfície de contato do coto com as paredes do encaixe, melhor é a suspensão da prótese.
Normalmente toda a região do coto suporta pelo menos um contato. Vale salientar que o contato total estimula a circulação do sangue.

d) Descarga distal

A descarga distal tem uma importância muito grande para o usuário da prótese, já que transmite a sensação de pressão proveniente do solo, ao colocar peso sobre a prótese. Quanto maior a descarga distal, menor é a pressão sobre as regiões proximais do coto.

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